post\stone v2.1a

sunnudagur, maí 25, 2008 flutuante

cultivo flores para os mortos
afogo algumas pedras na areia
e caminho por elas com as formigas,
pela vastidão dos céus que eu não alcanço

vejo o olhar raquítico da lua, nublada pelos meus próprios olhos
vejo o infinito das estrelas, que não vejo e não conto

dobro em forma de saudade
minha vida e meus anseios
no envelope, meu nome
com o giz da cor do arrependimento, da leveza e do desejo
fecho e colo meu passeio

colho a verdade, o esquecimento e um perfume
de brisa que bate, que leva uma parte, depois faz sorrir
e o sangue escorre
uma pintura de pétalas e seus espinhos, desenhada pela criança do destino
me torno onda no mar do passado,
um sopro doce que em breve será salgado
só mais uma brisa
e é hora de ir


rafael at 6:11 f.h.
fimmtudagur, maí 15, 2008 drowning in cosmo canyon

where do you take me, falling star? where is you home? where do you come from? take me there, take me to the cold, cold part of this world, across the oceans, across the seas, across the universe between you and me, long, long way around, long walking hours, long silent times, i need your eyes, and i need them from my insides, like echoes, repeating with the same intensity, taking vast parts of me, not giving them back, like a thief, like somebody who wants me dead, dragging me away from wherever i am today, it was hard to breathe, my hopes, my dreams, my stars, a blink away from me: burning, i returned to the planet, where i did not find a tear to tell me why, where, how, who, am i.


rafael at 11:55 e.h.



das memórias.