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föstudagur, maí 22, 2009 um mar de cinza

mar de cinza,
mar sem fim

mar do eterno amanhã,
do infinito
de antes de ontem
na maré

mar de cinzas,
mar de meu fim:
mar dos meus pesos, desejos,
percevejos e faíscas,
mar de fúria,
mar de apresentações,
representações,
construções e sensações
mar de despedidas, de idas e vindas
mar de cores, de dores e odores,
de imagens e mensagens
de ecos reversos

mar de cinza,
mar de mim.


rafael at 1:00 f.h.



da memória.