mánudagur, nóvember 19, 2007
garoa de merda
caminho por baixo das goteiras
elas me protegem dos idiotas
adoro pisar em falso
faço isso a cada passo
deixo as gotas me quebrarem inteiro
elas arrancam pedaços de mim
não ligo se são pedaços bons ou ruins
sei apenas que
quanto menos eu for, melhor serei
corro com uma tesoura na mão
corto minha língua, meus cílios
corto a linha que segura a bexiga da minha vida
sou um sorvete amargo, frio como a madrugada
sou a praça onde me perdi quando era criança
escureceu
e ainda não me encontrei
e não me encontraram
rafael at 6:09 e.h.
föstudagur, nóvember 16, 2007
a lullaby to close your eyes
all things are poison and nothing is without poison (...)- paracelsus
she's a wave of sick butterflies
as she's counting the spiders
and the spirals
the web keeps closing down on us
i open up my arms to the the poison
she tries, she runs, she dies
i can't help it
i couldn't care less
this is my home,
this is my venom.
rafael at 3:32 f.h.