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fimmtudagur, júlí 20, 2006 da areia e das vozes

é nesta voz que teus meninos choram hoje.
celebremos, senhores: a última lágrima se foi
... assim.

já te perdias como hoje te perco (na vida):

"vamos, diga-me teu nome. quero ouvi-lo pela última vez neste segundo."
e eu não disse nada.
teus olhos eram...

droga.

no devaneio onde vivem as lembranças
podia ainda ver meu caminho pela areia escurecida
pela frieza do teu rosto
pelas ondas tímidas que batiam
com medo de atrapalhar seja lá o demônio que estivesse acontecendo
e elas salvariam

mostra-me o azul do céu mais uma vez
mostra-me que o céu ainda é azul;
quero louvar os elefantinhos de fumaça branca
as uvinhas de fumaça branca
e as velhinhas costureiras de fumaça branca
quero erguer minhas mãos pro alto
e ver que ainda vivo

toca meu rosto com tuas mãozinhas
e deixa o sol se pôr.
mostra-me que teu coração também bate
e deixa o vento bater junto.
tum-tum. tum-tum.
assim.

uma sensação linda.

deveríamos estar felizes
mas a tristeza vem, pra nos trazer saudades
e sentimos falta.
(do momento
que mal passou.)


rafael at 11:46 e.h.



da memória.