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þriðjudagur, nóvember 29, 2005 digam para a rainha que hoje (hoje) eu estou vivo

é como se a minha vida estivesse sendo expirada e eu não conseguisse inspirá-la de volta. a minha visão se torna progressivamente acinzentada, fazendo eu me sentir cada vez mais distante do pouco que consigo ver.
toda essa dificuldade nos movimentos, nos olhos, nos pulmões... acho que estou mesmo vivo, e algo dentro de mim faz-me insistir em continuar respirando, ou pelo menos em continuar tentando.
eu vejo uma janela. e eu vou para perto dela. prevendo e pressentindo o ar puro, fresco e utópico da madrugada, levanto aquele vidro como se estivesse jogando flores aos mortos em um rio, preparando-me para minha própria salvação. mas não dá. acabo drogado pela poluição.

só que, de alguma maneira, essa distância, essa destruição, tudo isso me agrada.


rafael at 6:59 e.h.



da memória.