post\stone v2.1a

mánudagur, október 31, 2005 a denial, a denial, a denial

nunca fiquei afundado no nada
nunca vivi cercado por monstros infundados
nunca passei pela entrada
não quero caminhar sozinho por essa estrada.

não quero viver.
não quero viver essa negação.

não ultrapasse a linha-
me deixe só, aqui estou.

estou rezando pela chuva,
estou beijando e adorando o chão,
estou olhando pros céus e indagando coisas que não sei o que são,
estou fechando os olhos e escutando respostas jogadas em vão.

mudanças são bem-vindas,
não quero saber aonde vou viver,
eu só sei que estou longe.

e eu não quero viver.
e eu não quero viver a minha própria negação.


rafael at 9:37 e.h.
laugardagur, október 22, 2005 i'm getting older too

cantando sem melodia e jogando palavras ao lago vazio e sem vida,
este humilde amontoado de estrofes, parágrafos e bordas sem sentido aparente completa hoje trezentos e sessenta e cinco dias de existência nesse singelo e cruel mundo injusto e insatisfatório.

portanto, querido blog, parabéns... e que suas mortas bandeiras brancas continuem a se balançar junto ao vento frio dessa minha vida. lindo.


rafael at 12:42 f.h.
miðvikudagur, október 19, 2005 ... and fade out again

era um buraco,
era uma mágoa,
era um estrago,
era uma lagoa,

ela era nova, aquela era nova. nova era.

estava ali um novo começo, um novo fim,
sentadinho na cadeira de balanço,
eu reconstruía pacientemente,
aquilo que ainda acreditava ser possível mudar.
eu tinha esperança...
eu tinha esperança.
mas...



fiz algo errado?

por que tudo fica cinza quando eu abro os olhos?

onde vocês estão indo?

lua?

onde?


aquele remédio não faz mais efeito...

onde vocês estão indo?


me... esperem...
não... não... v~~~~.


rafael at 10:57 e.h.
föstudagur, október 07, 2005 essa simplicidade é complicada

ele sente o mundo girar mais devagar? era só uma ilusão. sentado num canto, ele queria estar em um outro lugar. sem lamparinas, sem casas, sem pessoas... sabe? ele se lamenta, ainda fingindo estar bem.
quando o pião pára de rodar, ele levanta o rosto e vê muitas pessoas paradas ao seu redor.
elas perguntam um monte de coisas, e não entendem que nem tudo pode entrar nas palavras.
e ele chora. elas não vão embora.
ele grita e sai correndo. elas se assustam.
ele se cansa e se joga no abismo, deixando para trás, pendurado no topo da monhanha, apenas o fio barbante do pião. elas não choram.
elas vêem o fio balançar ao vento,
elas vêem aquele fio se movimentar ao vento forte.
elas não gostam do vento porque o vento desfaz os penteados.


rafael at 10:05 e.h.



das memórias.