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miðvikudagur, ágúst 17, 2005 veja só, como o dia está lindo,

veja só, ele está realmente lindo!

os cabos e os postes que compartilham espaço com árvores verdes e plantas verdes
atravessam a luz do sol e fazem sombras sintéticas e paralelas,
pelas quais podemos caminhar em cima de mãos dadas e ainda não morrer se pisarmos fora delas.

sombras paralelas nas quais podemos ainda ver ainda grades de uma ainda prisão.

podemos respirar fundo e olhar pro chão-
pensar em quantas substâncias residem ali, quantas vidas, e elas jamais serão vistas.
podemos engolir um pequeno, redondo pedaço de plástico com algumas vidas mortas lá dentro, e elas vão

ajudar nossos problemas.

podemos fazer silêncio e sentir ondas passando
sons, imagens, músicas, e não podemos ver nem ouvir;
o distúrbio de moléculas que nunca terão paz...
elas se unem...
compartilham o que têm...
e nunca


nunca terão paz.



é,
ele está realmente (l)indo (embora).


rafael at 6:13 e.h.



da memória.