post\stone v2.1a

miðvikudagur, maí 25, 2005 razões

e ainda o senhor
vendia pipoca em forma de isopor
as crianças brincavam dentro do elevador
o homem corria atrás daquilo que um dia chamara de amor-
escorrendo lágrimas, sujo pelo pavor,
agonizava por aquela coisa sem valor;
e ali, a mulher.
cheia de espinhos como uma flor;
rindo do mundo que não tinha mais cor.

antes pudesse eu ver tudo isso,
antes houvesse, de fato, isso tudo.

não, o mundo estava parado-
bastava respirar,
tudo voltaria a morrer-
nada mais soaria
como um eco de
dor
or
or
or
or
.
.
.


rafael at 8:42 e.h.



da memória.